Toda a informação para estudar e trabalhar na Japão para brasileiros [year], como viver, salário médio, requisitos e portais de trabalho.
Viva em Japão 2019
Na busca por uma vida na Terra do Sol Nascente, na terceira maior potência econômica do mundo, sobre um arquipélago formado por milhares de ilhas montanhosas, afiar o idioma japonês, falado por 99% da população e com uma escrita bem diferente da ocidental, pode ser um desafio.
O Japão é governado por um imperador, que possui poder ilimitado. Sua economia internacional é bastante fortalecida e suas forças armadas mantém-se em alerta. Muito suscetível a todo tipo de desastre natural, como furacões, terremotos, tsunamis e vulcões, o país é preparado para lidar com situações como essas, ainda assim sendo extremamente preocupantes.
Apesar do sistema educacional ser muito eficiente, o racismo e a intolerância ainda são bastante presentes, principalmente contra estrangeiros. E muitos são os casos de brasileiros que sofreram para alugar residência ou mesmo no ambiente de trabalho. A cultura japonesa é muito diferente da brasileira e pode causar estranhamento de ambas as partes. Eles são mais fechados e solitários, enquanto os brasileiros são mais calorosos e disponíveis para contato social.
Conheça um pouco sobre as possibilidades de trabalho e estudo, bem como as regras para se viver no país.
Para entrar no Japão é necessário visto. É importante que se localize o tipo de viagem que fará para assim obter os detalhes do visto a ser solicitado e a lista de documentos a ser providenciada. O visto de turista é válido por 3 meses e nos documentos solicitados, entre outros, estão os comprovantes de renda e cronograma de viagem.
Trabalhar no Japão
O Itamaraty estima que cerca de 200 mil brasileiros vivam no Japão, a maioria descendentes e seus cônjuges, trabalhando em fábricas de autopeças, eletrônicos, alimentos e outros. A moeda é o Ienes e o salário mínimo é cerca de 150 mil ienes, aproximadamente 5 mil reais. As fábricas são as maiores contratantes e permitem que a carga horária ultrapasse a jornada de 8 horas, pagando um adicional de 25% de hora extra. Muitos são os brasileiros que se submetem a jornadas exaustivas de trabalho.
Esses valores variam muito de região. Cada prefeitura determina um valor médio para as empresas adotarem. A região de Aichi concentra a maior parte dos brasileiros, mais de 50 mil, pois grandes montadoras automobilísticas estão lá. O salário é o 4º maior, 845 ienes a hora, perdendo apenas para a capital Tokyo com 932 ienes, Kagawa e Osaca. Há também quantidades expressivas de brasileiros na província de Shizuoca e em Mie.
Como a oferta de trabalho é grande, agências de emprego especializadas em vagas para estrangeiros ajudam a encontrar trabalho, passagem aérea e a fazer os trâmites burocráticos. A maior parte das vagas são de fábricas, porém há espaço em comércios para aqueles que falam bem o inglês e vagas qualificadas em várias áreas.
Agências de emprego no Japão:
https://gematurismo.com.br/empregos-no-japao/
Quem pode trabalhar no Japão?
Descendentes e seus cônjuges são autorizados a trabalhar no país. Estudantes, bolsistas ou trabalhadores qualificados precisam de fluência na língua e convite de uma empresa. A lista de documentos exigidos varia de acordo com o tipo de descendência do interessado e deve-se incluir um Certificado de Elegibilidade, emitido pelo controle de imigração, atestando que a atividade exercida está de acordo com as qualificações de permanência.
Em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e o do Trabalho e Previdência Social o Consulado-Geral do Brasil em Hamamatsu desenvolveu um pequeno manual para o trabalhador brasileiro no Japão se orientar sobre temas trabalhistas, previdenciários e legislações. Faça o download do manual ou busque mais informações no site do Consulado.
Estudar no Japão
O país oferece oportunidades de estudo para graduação e pós-graduação, além de ensino profissionalizante, inclusive com bolsas de estudo. A maior parte das vagas é na área de tecnologia, mas há opções de cursos de direito e economia, por exemplo, com bolsas que podem variar de 3 mil a 5 mil reais por mês e as candidaturas são feitas nos consulados ou embaixadas do Japão no Brasil. Os brasileiros com dupla nacionalidade japonesa não são elegíveis.
As chamadas bolsas MEXT são destinadas a Pesquisa e Pós-graduação com duração de 2 a 3 anos para jovens de até 34 anos. É necessário apresentar proficiência em inglês e japonês, além de projeto de pesquisa. Para a admissão no programa de Graduação, com duração de 5 anos, é necessário ter entre 17 e 21 anos e domínio dos idiomas.
Há ainda opção de Escola Técnica nas áreas de engenharia e tecnologia, com duração de 4 anos e exigência de ensino médio completo e domínio do inglês ou do japonês. Os cursos profissionalizantes estão disponíveis para jovens entre 17 e 21 anos, com duração de 3 anos em áreas diversas para aqueles que também possuem ensino médio completo e domínio do inglês ou do japonês.
Apesar das dificuldades possíveis de se encontrar em um país como o Japão, tão diferente do Brasil e com aspectos tão delicados como o bullying e as desastres naturais, o sistema público funciona e poderá enriquecer bastante a experiência de um brasileiro se aventurando no exterior.